quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Saudade.

Dissertei-me de mim
Afastei-me de ti
Voltei assim
Porque assim me destruí.

Não há palavra que o diga
Não há frase que o descreva
Não há ninguém que se atreva
A repetir a minha cantiga.

A música parou
O sangue escorreu
Não batia, não havia
Estremecia, entorpecido.

Um boicote, uma mascote,
Tenho uma vida que não dói
Uma dor que não vive
Não sei se sou ou se corrói.

Oh bela consciência
Tal sereia cantas
Não tanto me encantas,
Para abraçar a ciência.

Fiquei dorido
Ressequido, sofrido mas
Nada era o que me prendia a mim
Ao contrário embora
De tudo o que me prendia a ti.

No passado ficou,
E no passado voltou.
O passado é o presente
Confundido com o amanhã.

Oh que tudo volte ao nada!

Que tudo exista antes de agora!

Não aguento a falta que sinto
Uma saudade injustificada
Não havia uma única lágrima.

Nada chorei, nada lembrei
O tempo separou-nos e
O fado era tudo
Era eu,
Eras tu,
Éramos nós e o mundo e a vida.

O futuro éramos nós quando tudo era pouco.
Quando tudo era o nada.

Uma guitarra tocou e uma voz soou.
Antes fosses tu.
Antes fosses tu.

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