A neve que congela cai
Faz tremer um ser
Que com tanto se descai
Num abismo de poder.
Trepidam as chamas da tortura
Que iluminam a criatura,
Infértil e imóvel.
A criatura cresce.
Abomina o seu semelhante.
Deseja matar.
Oh aberração!
Serás tu alguma vez
Digno de possuir um coração ?
Num ápice
O monstro acordou.
Incendiou as cidades prósperas.
Matou a monotonia.
Descoordenou a sintonia.
E num momento de pura agonia,
começou a autofobia.