terça-feira, 9 de abril de 2013

impotência.

I. Golpe

Um trepidar da lâmina
O momento.

O limite metálico tocara
Onde o medo não chegara.


II. Introdução

O sal entrou
Senti
Vivi.

A droga que corria no meu sangue era mais forte.
O sangue escorria.


III. Ultimatum

O cérebro mandava parar
A vida permanecia.
Tortuosa.

Cada átomo do meu corpo insistia na desordem.
O caos instalara-se.


IV. Fim.

O rasgão perpetuara-se.
A existência jamais será o que o corpo foi.
O corpo foi.

Um ténue limite separou o meu corpo da derrota.


V. Omega.

O tempo de nada serve quando da alma se trata.
A alma é eterna.
As feridas saram.
O corpo cura-se.

O limite extenuara-se e o corpo estava agora separado.
O ser flutuava no vazio.
Magoado.
Desiludido.
Esperava nunca mais viver.
Que escolha terá?

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