terça-feira, 15 de janeiro de 2013

chef-d'œuvre.

Deveria esta ser a introdução triunfal de uma peça de arte eterna?
O nosso
O teu, marco na história.
O meu, porém, permanece perdido
Oh perdição.

Serei eu o tal?
Ou um tal?
Saberei ao certo quando o encontrar.

O veredicto pelo qual esperava, chegou.
Ou chegara.
Num barco invisível, num cais perdido.
No entanto tão perto, que lhe sinto o cheiro.
O cheiro a maresia, o som das aves
As ondas.

As ondas de um tal 
O tal tal que perdi uns segundos atrás
Ou terei perdido desde sempre.
Nunca sei ao certo,
Nada saberei até saber.
Fará isto lógica sabendo que nada sei?

Divagação de uma mente perdida
Rezando a um Deus ateu
Um Deus ateu que pede perdão
Pede perdão por tudo
O que será tudo?

Estarei perdido num vago oceano
Onde uma inocente ave

Inocente?
Não há nada que se desbrave.
Nem a flor adolescente
Que suavemente aflora.


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