quarta-feira, 9 de outubro de 2013

anima.

Não estás então
Tu preso ?
Não estarei eu perdido ?
Num universo surpreso
Uma infinidade de tudo
O tudo adoecido.

Sou quem não sou
Quero ser o que não és
O que não dou
Que não fui

Não há eu que me resista
Não há eternidade que me queira
Não há uma única algibeira
que me contenha ou que me exista.

Quero chorar
Quero sentir uma lágrima que seja
Sentir o que não há
Sentir o que em mim fraqueja.

Não tenho nada
Sou vazio, frio e mudo
Um ser perdido
Um ser descabido

Clamo aos deuses da paixão
Vénus, Afrodite, Cupido
Oiçam as minhas preces
Estou adormecido,
Falecido no caixão.

Sem comentários: