terça-feira, 9 de julho de 2013

Ego.

Trato de matar partes de mim
Desfolhar-me
Renovar quem sou
Enfim.

O arredor sofre
As consequências da mudança
Sofre
As alterações da personagem.
O eu alterado
A alteração de um eu,
Que não me pertence realmente.

Uma teoria que não mente
mas sente
Uma multiplicidade ascendente
Desdobro-me em mil.

Num contexto febril
Em que nada parece ser o que é
(Ou então padece do mesmo mal
E é o que não deve ser)
Produz um resultado senil
De onde só resulta o ato de bendizer.

Bendizer o homem
Que peca e corrompe
Assassinar o deus
Que condena
Um super-homem.

Multiplicado em cem
Um exército de seres 
Concentrados num só
Munidos de super-poderes

Isto tudo
Um solilóquio de palavras
(Não só palavras mas ações
Emoções perdidas no tempo
Sentimentos recuperados
Sofrendo alucinações)
Um monólogo de eterna simbologia
Analogia hieroglífica 
De uma magia há muito perdida.
Que todos têm,
Mas ninguém a sabe.

O poder de tudo ser
Enquanto se nada é.

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