quarta-feira, 22 de maio de 2013

helvíti.

As chamas ardentes do fim chamam
Clamam por carne e osso palpitantes
Sangue fresco que brota
Das veias salientes.

Um pitoresco carnaval de mortos
Um desfile de ebriedades
Um monte de merda que fede perante um trono
Um trono mortal de ouro e diamantes.

Um trono que chama pelo incauto
Um trono que enterra o vivo
E ressuscita o morto.

O trono da morte que amotina em si a verdade.
Que martiriza a virtude
E estrangula a vontade.

A urgência de saída 
A impossibilidade
A porta inexistente
O labirinto de escolhas
A infinidade de obstáculos.

A saída não existia. 
A porta ter-se-ia fechado.
A vida teria acabado.
A morte teria começado.

A chama apagou-se
O circo começou. 

Sem comentários: